Saturday, December 29, 2018

O 'Romanismo Interno' - por Ty Gibson









O novo papa, Sr. Jorge Mario Bergoglio, causou um grande alvoroço, recentemente. De fato, tão grande que um amigo protestante fervoroso me disse outro dia: "Uau, esse novo papa parece mesmo um bom sujeito, e está falando coisas muito boas. Talvez ele esteja do lado de Deus".




"Sim", respondi, "ele está mesmo falando coisas boas, não é? Só há, porém, essa questão insignificante de crer que ele ocupa a posição de Deus na terra, e essa coisinha de crer que não há salvação fora da Igreja Católica, e a pequena questão de crer que ele fala com infalibilidade, e o ínfimo ponto sobre Deus queimar as pessoas para sempre no inferno, incluindo todos os bebês que morrem sem o batismo católico, e a modesta ideia de que você pode pagar dinheiro à igreja para ficar menos tempo queimando no purgatório. Tirando essas coisas, sim, ele está falando coisas muito boas".


Vale salientar que o protestantismo foi formado como um protesto contra o catolicismo e o "papado", uma palavra que se refere à posição de absoluta autoridade mantida pelo papa. A recente postura do papa Francisco solicita um exame mais atualizado do protesto lançado por Lutero e pelos reformadores antes e depois dele, o que você pode esperar como uma série de futuros blogs do Light Bearers.


Mas, em primeiro lugar, quero tirar sua atenção do papado de fora para analisar o papado de dentro— dentro de nós, e dentro de nossa amada igreja. Embora nos dê uma ilusão muito convincente de justiça pessoal apontar para fora de nós mesmos e localizar o perigo como existindo exclusivamente lá fora, definitivamente, não é seguro agir assim. Nosso maior perigo reside em supor que o romanismo é meramente aquela grande instituição político-religiosa sedeada na cidade do Vaticano.


NÃO É!


Em primeiro lugar, o romanismo é a religião da natureza humana — a natureza humana, em geral, a sua e a minha incluídas. O próprio grande protestante, Martinho Lutero, observou com perspicácia: "Tenho mais medo de meu próprio coração do que do papa e todos os seus cardeais. Eu tenho dentro de mim o grande papa, o ego." O papado é simplesmente uma manifestação corporativa da inclinação humana universal de se exaltar no lugar de Deus para justificar o ego, em vez de descansar na graça justificadora de Deus, e controlar nossos semelhantes humanos por tática de coação emocional, em vez de conceder-lhes liberdade de consciência.


Onde quer que o espírito de domínio seja empregado — quer por um marido ou mulher em um casamento ou por um líder em uma igreja local ou associação — lá o princípio que move o papado é exercido.


Onde quer que as pessoas sejam ensinadas a esperar favor de Deus em troca de algo que elas possam fazer — legalismo em sua forma liberal ou conservadora — lá se esconde uma falsa imagem de Deus que define a doutrina papal.


Onde quer que as pessoas de uma igreja busquem resolver as diferenças por pronunciamentos autoritários, em vez de uma análise bíblica respeitosa e ponderada, lá é manifestado o espírito que impele o romanismo.


NAS PEGADAS DE ROMA


Ellen White entendia que "temos mais a temer de dentro do que de fora. Os impedimentos à força e êxito são muito maiores de parte da igreja do que do mundo." (Review and Herald, 22 de março de 1887). Independente de como o papado venha a atuar, a questão mais crucial é, Como nós estamos atuando em nossas relações diárias uns com os outros em nossas casas, igrejas e associações?


Ela escreveu as palavras acima em 1887. Um ano mais tarde, o temor que ela expressou se materializou na sessão de 1888 da Associação Geral em Mineápolis, que foi um evento super significativo na história adventista.


Um pouco do contexto em ordem.


Perto de 1888, "Muitos (adventistas) perderam Jesus de vista. Deviam ter tido o olhar fixo em Sua divina pessoa, em Seus méritos e em Seu imutável amor pela família humana.(Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 91-92). O conteúdo e teor geral da pregação adventista era tal que a igreja tinha ganhado a reputação de "que os adventistas do sétimo dia falam na lei, na lei, mas não ensinam a Cristo nem nEle crêem"(ibid).


Para remediar a situação, Deus enviou dois jovens homens para exaltar a Jesus diante da liderança da igreja. Muitos dos leitores adventistas são familiarizados com o fato de que, em 1888, A.T. Jones e E.J. Waggoner, sob unção divina, pregaram as boas-novas da justificação pela fé para a liderança da igreja na sessão da Associação Geral daquele, hoje, deplorável ano. Também temos bastante ciência de que a mensagem foi rejeitada pelos principais líderes, incluindo o presidente da Associação Geral, G.I. Butler, e o editor da Review , Urias Smith. O que muitos talvez não saibam é por que muitos líderes acharam a mensagem de justificação pela fé tão intragável. Na seguinte carta aos líderes e pastores da igreja adventista em 1895, Ellen White chegou ao cerne de toda a sombria questão:


"O espírito de domínio está se estendendo até aos presidentes de nossas associações. Se um homem ansioso de exercer seus próprios poderes procura ter domínio sobre seus irmãos, achando que foi investido de autoridade para fazer de sua vontade o poder dominante, o melhor e único rumo seguro é removê-lo, para que não haja mal maior e ele perca sua própria alma e ponha em perigo a alma de outros. “Todos vós sois irmãos." A disposição de mandar sobre a herança de Deus causará reação, a menos que esses homens mudem de atitude. Os que têm autoridade devem manifestar o espírito de Cristo. Devem lidar como Ele lidaria com cada caso que requer atenção. Devem ir possuídos do Espírito Santo. A posição de um homem não o torna um jota ou um til maior à vista de Deus; é só o caráter que Deus toma em consideração.


"A bondade, a misericórdia e o amor de Deus foram por Cristo proclamados a Moisés. Esse era o caráter de Deus. Quando os homens que professam servir a Deus Lhe ignoram o caráter paternal e se apartam da honra e da justiça ao lidar com seus semelhantes, Satanás exulta, pois ele lhes inspirou seus atributos. Estão seguindo no rumo do romanismo.


"Aqueles a quem se ordena representar os atributos do caráter do Senhor saem da plataforma bíblica, e em seu próprio juízo humano inventam regras e resoluções para forçar a vontade de outros. Os inventos para forçar os homens a seguir as prescrições de outros homens, estão instituindo uma ordem de coisas que anula a simpatia e a terna compaixão; que cega os olhos para a misericórdia, a justiça e o amor de Deus. A influência moral e a responsabilidade pessoal são pisadas a pés.


"A justiça de Cristo pela fé tem sido passada por alto por alguns; pois é contrária ao seu espírito e a toda a experiência de sua vida. Governar, governar, tem sido sua atitude. Satanás tem tido a oportunidade de se fazer representar. Quando alguém que professa ser representante de Cristo se dá a um trato áspero, e a impelir homens a situações difíceis, os que assim são oprimidos, ou romperão todos os grilhões da restrição, ou serão levados a considerar a Deus como um duro Senhor. Alimentam maus sentimentos contra Deus, e a alma dEle se aliena, justamente como Satanás planejou que fosse." (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 362-363).


Alguns pontos merecem ser enfatizados:


1. Líderes de igreja que manifestem um "espírito de domínio" devem ser removidos de seus cargos.


2. O cargo de alguém (pastor, presidente de associação, ou até mesmo presidente da associação geral) não o torna nem um pouco melhor aos olhos de Deus que outros membros de igreja. Só o caráter tem valor para Deus.


3. Líderes de igreja que "inventam regras e resoluções para forçar a vontade de outros" estão "seguindo no rumo do romanismo". As atitudes e táticas com as quais os seres humanos lidam com seus semelhantes quando estão em cargos de autoridade revelam se estão sob a influência libertadora do evangelho de Cristo ou sob a influência opressiva dos princípios papais.


4. Quando seres humanos, principalmente aqueles em cargos de liderança na igreja de Deus, tentam governar seus semelhantes, Satanás está se representando por meio deles e o caráter de Deus é distorcido.


5. E, finalmente, após a sessão da Associação Geral de 1888, a mensagem de justificação pela fé foi ignorada por alguns líderes da igreja porque era contrária ao seu espírito de "governar, governar". A justificação pela fé é incongruente com um espírito que governe sobre outros, e veremos por que isso é verdade ao continuarmos.


PODEMOS TER MENOS A DIZER QUANTO A ROMA


Um ano depois, em 1896, Ellen White fez uma declaração ousada e difícil de ser digerida pelos adventistas, dada a nossa tendência de concentrar-nos no papado como nosso grande perigo:


"Há necessidade de mais íntimo estudo da Palavra de Deus; especialmente devem Daniel e Apocalipse merecer a atenção como nunca dantes na história de nossa obra. Podemos ter menos a dizer em alguns sentidos quanto ao poder romano e ao papado, mas devemos chamar atenção para o que os profetas e apóstolos têm escrito sob a inspiração do Santo Espírito de Deus; de tal modo tem o Espírito Santo moldado as questões tanto no dar a profecia como nos acontecimentos descritos, que ensina que o agente humano deve ser conservado fora de vista, escondido em Cristo, e que o Senhor Deus dos Céus e Sua lei devem ser exaltados. Lede o livro de Daniel. Recapitulai ponto por ponto a história dos reinos ali representados. (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 112).


Por favor, não perca o que ela está dizendo aqui. É essencial. Ela estava discernindo e sugerindo que um estudo mais íntimo da palavra de Deus, principalmente das profecias de Daniel e Apocalipse, poderia levar os adventistas a concentrar nossa atenção menos no papado e mais no perigo existente no agente humano em geral. Essa declaração estava em harmonia com suas declarações anteriores, que chamavam a atenção ao fato de o que nós vemos no papado é um espírito de domínio e auto-exaltação que todos somos susceptíveis a ter e que tem tanta probabilidade de se manifestar em nossa igreja como em qualquer outro lugar.


E é precisamente o que encontramos quando estudamos a palavra de Deus com mais atenção, principalmente as profecias de Daniel e Apocalipse. Nós descobrimos que o "homem do pecado (o papado). . . o qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus (2 Tessalonicenses 2:3-4), é meramente uma manifestação institucional ou corporativa da inclinação que reside em todos os corações humanos de brincar de Deus e usurpar Seu papel em nossas relações com nossos semelhantes próximos com atitudes de superioridade e tática de pressão, domínio e controle.


Sete anos depois, em 1903, ela estava compreendendo isso com ainda mais clareza aonde queria chegar em suas declarações de 1895 e 1896:


"O estudante deve aprender a ver a Palavra (a Bíblia) como um todo, e bem assim a relação de suas partes. Deve obter conhecimento de seu grandioso tema central, do propósito original de Deus em relação a este mundo, da origem do grande conflito, e da obra da redenção. Deve compreender a natureza dos dois princípios que contendem pela supremacia, e aprender a delinear sua operação através dos relatos da História e da profecia, até à grande consumação. Deve enxergar como este conflito penetra em todos os aspectos da experiência humana; como em cada ato de sua vida ele próprio revela um ou outro daqueles dois princípios antagônicos; e como, quer queira quer não, ele está mesmo agora a decidir de que lado do conflito estará. (Educação, p. 190)."


Trata-se da essência incrivelmente penetrante do que realmente está acontecendo na história conforme revelado na profecia bíblica. O grande conflito não é meramente uma batalha superficial entre religiões corporativas opostas, mas entre "dois princípios que contendem pela supremacia" em cada vida individual, em cada lar, e em cada igreja. Esses dois princípios opostos são amor e abnegação, humildade e orgulho, liberdade e coerção, prestar respeito e conceder liberdade versus a inclinação de pressionar, manipular, dominar e controlar outros. Sim, há instituições políticas e religiosas que operam pelo princípio do domínio, e é claro que devemos estar cientes dos perigos impostos por esses poderes monolíticos. Mas, sobretudo, cada um de nós é propenso a fazer o mesmo ao criar pequenos reinos papais próprios: em nossos lares, em nossas igrejas, em nossas associações, na maneira como tratamos as pessoas, especialmente quando ocupamos posições de liderança sobre elas. Cada um de nós "em cada ato de sua vida" revela "um ou outro daqueles dois princípios antagônicos".


Esse é o contexto da declaração provocante de Ellen White de que "podemos ter menos a dizer quanto ao papado". É óbvio, e legítimo, que ela continua a chamar a nossa atenção a ameaça à liberdade religiosa imposta pelo papado, e devemos estar atentos a isso. Mas ela também nos leva a considerar sobriamente o perigo mais profundo e mais pessoal que existe em nosso próprio coração e que pode encontrar uma terrível manifestação em nossa própria professa igreja protestante.


Paulo explica que "a inclinação da carne [mente carnal] é inimizade contra Deus; pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser" (Romanos 8:7). Em seguida, em Romanos 13:10 ele nos informa que a lei de Deus é amor, o que significa centrar nossos interesses no outro. Aqui, Paulo nos dá uma enorme percepção do que está acontecendo na natureza humana: somos fundamentalmente opostos a amar, diametricalmente em desacordo em ser o segundo em relação a qualquer um. Por natureza, o ego é nossa principal motivação. Portanto, quando o ego começa a ser ameaçado, o impulso natural é sacrificar outros para a preservação do ego. Esse é o segredo obscuro e diabólico que se esconde em cada coração.


Portanto, quando seres humanos, orientados por instintos carnais, criam uma religião e se unem para praticar essa religião, ela naturalmente tomará a forma de um sistema que exalta o ego humano ao lugar de Deus (papado) e oferece à humanidade salvação por meio de rituais e práticas de justificação própria (salvação por obras). Isso é exatamente o que representa o papado. É a sombria obra de arte de auto-exaltação e autojustificação de nosso mundo caído — mascarada como a igreja de Deus. Podemos ver, então, que os princípios papais permeiam a natureza humana e estão sujeitos a se infiltrarem em qualquer igreja, a menos que especificamente identificados e repelidos por uma doutrina bem definida de justificação pela fé!


A MENSAGEM DO TERCEIRO ANJO, EM VERDADE


Assim, então, de que maneira a justificação pela fé constitui "a mensagem do terceiro anjo, em verdade?" Vamos dividi-la em cinco pontos simples tirados diretamente de Apocalipse 13 e 14:


1. A besta que sobe do mar de Apocalipse 13 é o sistema papal, para ficar claro, mas é o sistema papal como - não perca o detalhe - como a corporação, ou seja, a expressão organizada do princípio de 'eu-como-centro' que reside abaixo da superfície na natureza humana em geral. Em outras palavras, esse princípio egoísta é a religião da natureza humana, e o Catolicismo é simplesmente a maior e mais dominante manifestação histórica desse impulso religioso caído. De acordo com Daniel 7 e Apocalipse 13, as características proeminentes do sistema papal são essas: (a) um sistema de mérito para justificação/salvação por ações humanas submetidas a Deus em troca de Seu favor e (b) o uso de táticas de coerção em nome de Cristo. Sempre que esses dois fatores estão presentes, ali o espírito do papado governa.


2. A besta que se levanta da terra - entrando em cena ao fim dos 1260 anos do reino de terror, sob o poder papal - é nenhuma outra que a América Protestante. E tem seu principal documento governamental, sua Constituição, exaltando como lei duas verdades vitais do evangelho: (a) que todos os seres humanos são criados iguais, (então desafiando o direito dos homens, ou papas ou reis, de governar seus iguais); e (b) que todos os seres humanos são criados inatamente livres (assim garantindo liberdade de consciência como o único estado de vida no qual a verdadeira adoração a Deus pode ocorrer).


3. Apocalipse 13 então nos informa que a experiência de liberdade na América iria eventualmente terminar. A América Protestante (a besta da terra) vai promulgar leis que violam a liberdade de consciência (fazendo uma imagem à besta do Mar) e então se torna o agente facilitador para o mecanismo político que vai trazer sobre o mundo uma crise individual de consciência e de caráter. Gostaria de enfatizar. Uma crise individual de consciência e caráter. Pressões serão trazidas sobre a humanidade (controles sobre a compra-e-venda e depois um decreto de morte) que vai levar cada pessoa da terra a vivenciar sua própria ideia de Deus e a manifestar o espírito que o inspira. Durante aquela crise final, cada pessoa na terra vai se mover em uma de duas direções: (a) sacrificarem-se para preservar a liberdade de todos os outros; ou (b) a se aliarem com a novamente reconstituída máquina-de-coerção, em um esforço de preservar a si mesmo - ainda que haja prejuízo aos demais. O verdadeiro conteúdo de cada coração virá à tona sob as pressões envolvidas na crise da marca-da-besta.


4. As pessoas que permanecerem em fidelidade a Deus contra o sistema da besta estão bem especificamente descritas como aqueles que venceram "pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do testemunho deles, e não amaram a própria vida, até a morte" (Apocalipse 12:11), e como "aqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus" (Apocalipse 14:12). Ou seja, a imagem que eles tem de Deus é baseada no amor que se sacrifica, revelado por Cristo no Calvário, produzindo neles uma voluntária harmonia, motivada por fé, com a lei de Deus (também conhecida como "justificação pela fé"). Portanto, o panorama mais profundo de sua teologia sobre Deus, e de sua experiência com Deus, leva-os a submeterem suas vidas, se nessário for, para preservar a liberdade de consciência de todos. Para eles, o eu é menos importante do que o próximo, porque assim é o amor que eles tem visto e recebido de Cristo.


5. Então, o que Ellen White estava falando quando ela briliantemente declarou que "justificação pela fé é a mensagem do terceiro anjo em verdade" é que: a marca da besta virá sobre o mundo como uma religião opressora (ou impositiva) baseada em obras, com o 'eu-como-centro', destruidora da liberdade, baseada em uma compreensão errada do caráter de Deus. Por outro lado, a teologia e experiência daqueles que se levantam em resistência contra a marca da besta vai levá-los a tomar essa atitude precisamente porque eles sabem que o favor de Deus não é por mérito e que a Sua lei não é opressora. Em outras palavras, eles entendem que a coerção mata o amor; e que a justificação pela fé é inseparavelmente interligada com a liberdade de consciência.


É por isso que Ellen White apelava que justificação por fé fosse pregada com poder e clareza dentro do Adventismo, como também para o mundo inteiro. Esta é a única mensagem que pode preparar os seres humanos para a crise da marca-da-besta. Todas as demais compreensões de Deus são baseadas na coerção; e aqueles cuja experiência espiritual é orientada em favor da salvação por obras acharão natural agir pelo instinto de auto-preservação, quando a marca da besta for imposta.


É, também, por essa razão, que ela advertiu tão fortemente contra qualquer prática de dominação pelos líderes da igreja. A inclinação a controlar outros é o princípio básico do sistema papal. Aqueles que operam por este princípio estão seguindo os passos de Roma; e assim, preparando a si mesmos, e àqueles quem eles lideram, a abandonar os outros para salvar a si próprio quando forem forçados a receber marca da besta.


Então, enquanto inumeráveis alarmes Protestantes estão, corretamente, sendo soados para avisarem-nos a atentar para o que o papa e o papado estão prestes a fazer, eu considerei apropriado fazer um aviso, tendo em vista o que você e eu estamos inclinados a nos tornar. A menos que intencionalmente busquemos, pela graça de Deus, lidar graciosa e respeitosamente, e não-coercitivamente, de uns para com os outros, especialmente quando discordamos - mais especialmente quando ocorre de estarmos em posições de liderança e influência. Enquanto estivermos atentos ao Romanismo 'de fora', que também estejamos vigiando o Romanismo 'interno'!


Ty Gibson, Co-Diretor do Light Bearers.


Traduzido por Hander Heim


[Fonte: https://lightbearers.org/blog/the-romanism-within/]

Thursday, June 1, 2017

Tattoo, certo ou errado? - Rodolfo Abrantes

https://www.youtube.com/watch?v=Enoo1qNLFcE

Wednesday, May 10, 2017

Interessante

https://amenteemaravilhosa.com.br/por-que-criancas-japonesas-obedecem/

Tuesday, January 3, 2017

A chave da história, 7 de Janeiro


Guarda, a que hora estamos da noite? Guarda, a que horas? Respondeu o guarda: Vem a manhã, e também a noite; se quereis perguntar, perguntai; voltai, vinde. Isaías 21:11, 12.

A compreensão da esperança da segunda vinda de Cristo é a chave que abre toda a história futura e explica todas as lições do futuro. ...

A voz do vigia fiel precisa ser ouvida agora ao longo de toda a fileira: “Vem a manhã, e, também, a noite.” Isaías 21:12. Deve a trombeta dar sonido certo, pois estamos no grande dia de preparação do Senhor. ...

As verdades da profecia estão entrelaçadas e, quando as estudamos, percebemos que formam um belo conjunto de verdades cristãs práticas. Todos os sermões que proferirmos devem revelar claramente que estamos esperando a vinda do Filho de Deus, e por ela trabalhando e orando. Sua vinda é a nossa esperança. Esta esperança deve estar vinculada com todas as nossas palavras e atos, com todos os nossos relacionamentos e amizades. ...

A segunda vinda do Filho do homem deve ser o tema maravilhoso a ser mantido perante o público. Este assunto não deve ser omitido de nossos sermões. As realidades eternas devem ser conservadas em mente, e as atrações do mundo aparecerão tais como são, inteiramente inúteis como vaidades. Que haveremos de fazer com as vaidades do mundo, seus louvores, suas riquezas, suas honras e seus prazeres?

Somos peregrinos e estrangeiros que aguardamos a bem-aventurada esperança, o glorioso aparecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, e por ele ansiamos e oramos. Se cremos isto e o introduzimos em nossa vida prática, que ação vigorosa não inspirará essa fé e esperança; que fervente amor mútuo; que vida esmerada e santa para a glória de Deus; e no respeito que manifestarmos pela recompensa do galardão, que fronteiras nítidas de demarcação serão comprovadas entre nós e o mundo!

A verdade de que Cristo vem deve ser mantida perante toda mente. — Evangelismo, 218, 220.

Áudio Aqui

A nota tônica das escrituras, 5 de Janeiro


Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim Se levantará sobre a Terra. Jó 19:25.

Uma das verdades mais solenes, e não obstante mais gloriosas, reveladas na Escritura Sagrada, é a da segunda vinda de Cristo, para completar a grande obra da redenção. Ao povo de Deus, por tanto tempo a peregrinar em sua jornada na “região e sombra da morte” (Mateus 4:16), é dada uma esperança preciosa e inspiradora de alegria, na promessa do aparecimento dAquele que é “a ressurreição e a vida” (João 11:25), a fim de levar de novo ao lar Seus filhos exilados. A doutrina do segundo advento é, verdadeiramente, a nota tônica das Sagradas Escrituras. Desde o dia em que o primeiro par volveu os entristecidos passos para fora do Éden, os filhos da fé têm esperado a vinda do Prometido, para quebrar o poder do destruidor e de novo levá-los ao Paraíso perdido. ... Enoque, apenas o sétimo na descendência dos que habitaram no Éden, e que na Terra durante três séculos andou com Deus, teve permissão para contemplar de muito longe a vinda do Libertador. “Eis que é vindo o Senhor”, declarou ele, “com milhares de Seus santos, para fazer juízo contra todos.” Judas 14, 15. O patriarca Jó, na noite de sua aflição, exclamou com inabalável confiança: “Eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim Se levantará sobre a Terra. ... Ainda em minha carne verei a Deus. Vê-Lo-ei por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros, O verão.” Jó 19:25-27. — O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 299.

Oxalá o Deus de toda graça ilumine de tal maneira o vosso entendimento que possais discernir as coisas eternas, para que pela luz da verdade vossos próprios erros, que são muitos, sejam revelados a vós assim como eles são em realidade, a fim de que façais o necessário esforço para eliminá-los, e em lugar desse fruto nocivo e amargo possais produzir fruto que é precioso para a vida eterna. ...

Humilhai diante de Deus o vosso pobre coração altivo e presunçoso; prostrai-vos bem baixo a Seus pés, completamente quebrantados pela vossa pecaminosidade. Dedicai-vos à obra de preparação. Não descanseis até que possais dizer sinceramente: Meu Redentor vive, e, porque Ele vive, eu também viverei.

Se perderdes o Céu, perdereis tudo; se ganhardes o Céu, ganhareis tudo. Rogo-vos que não cometais um erro neste sentido. São aqui envolvidos interesses eternos. — Testimonies for the Church 2:88.

Áudio Disponível

A esperança da segunda vinda, 4 de Janeiro


Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente, venho sem demora. Amém! Vem, Senhor Jesus! Apocalipse 22:20.

A [segunda] vinda do Senhor tem sido em todos os séculos a esperança de Seus verdadeiros seguidores. A última promessa do Salvador no Monte das Oliveiras, de que Ele viria outra vez, iluminou o futuro a Seus discípulos, encheu-lhes o coração de alegria e esperança que as tristezas não poderiam apagar nem as provações empanar. Em meio de sofrimento e perseguição, “o aparecimento do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo” foi a “bem-aventurada esperança”. Quando os cristãos tessalonicenses estavam cheios de pesar ao sepultarem os seus queridos, que haviam esperado viver para testemunharem a vinda de Jesus, Paulo, seu instrutor, apontou-lhes a ressurreição a ocorrer por ocasião do advento do Salvador. Então os mortos em Cristo ressurgiriam, e juntamente com os vivos seriam arrebatados para encontrar o Senhor nos ares. “E assim”, disse ele, “estaremos sempre com o Senhor. Portanto consolai-vos uns aos outros com estas palavras.” 1 Tessalonicenses 4:16-18.

Do calabouço, da tortura, da forca, onde santos e mártires testificaram da verdade, vem através dos séculos a voz de sua fé e esperança. Estando “certos da ressurreição pessoal de Cristo e, por conseguinte, de sua própria, por ocasião da vinda de Jesus”, diz um desses cristãos, “desprezavam a morte, e verificava-se estarem acima dela”. ...

Estavam dispostos a descer ao túmulo, para que pudessem “ressuscitar livres”. — A Voz da Igreja, Taylor. Esperavam pelo “Senhor a vir do Céu, nas nuvens, com a glória de Seu Pai”, “trazendo aos justos os tempos do reino.” Os valdenses acariciavam a mesma fé. — Taylor. Wycliffe aguardava o aparecimento do Redentor, como a esperança da igreja. Ibidem.

Na rochosa ilha de Patmos o discípulo amado ouve a promessa: “Certamente cedo venho”, e em sua anelante resposta sintetiza a prece da igreja em toda a sua peregrinação: “Amém. Ora vem, Senhor Jesus.” Apocalipse 22:20. — O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 302, 303.

Áudio aqui

Monday, January 2, 2017

Quando Jesus nasceu, 3 de Janeiro


E, tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, ... eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém, e perguntavam: Onde está Aquele que é nascido Rei dos judeus? Mateus 2:1, 2.

O Rei da Glória rebaixou-Se para assumir a forma humana; e os anjos, que haviam testemunhado o Seu esplendor nas cortes celestiais, ao ser adorado por todas as hostes do Céu, ficaram desapontados por encontrar seu divino Comandante numa posição de tão grande humilhação.

Os judeus, por suas obras iníquas, tanto se haviam separado de Deus que os anjos não podiam transmitir-lhes a notícia do advento do infante Redentor. Deus escolheu os magos do Oriente para fazerem Sua vontade. ...

Esses magos viram o céu iluminado com a luz que envolvia o exército celestial que anunciou o advento de Cristo aos humildes pastores. E depois que os anjos regressaram ao Céu, apareceu uma brilhante estrela que se deteve no firmamento.

Essa luz era um grupo distante de anjos chamejantes com aparência de uma estrela luminosa. O aparecimento excepcional da grande e brilhante estrela que eles nunca antes tinham visto, suspensa como um sinal no céu, atraiu-lhes a atenção. Eles não tiveram o privilégio de ouvir a proclamação dos anjos aos pastores. Mas o Espírito de Deus impeliu-os a saírem em busca desse Visitante celestial a um mundo caído. Os magos tomaram o rumo que a estrela parecia indicar-lhes. E quando se aproximaram da cidade de Jerusalém, a
estrela cobriu-se de trevas e deixou de guiá-los. ...

Os magos ficam surpresos pelo fato de não verem extraordinário interesse pelo assunto da vinda do Messias. ... Eles não deixam Jerusalém tão confiantes e esperançosos como quando ali chegaram. Admiram-se de que os judeus não estejam interessados e jubilosos pela perspectiva dessa grandiosa ocorrência do advento de Cristo.

As igrejas de nosso tempo estão procurando o engrandecimento mundano, e acham-se tão pouco dispostas a discernir a luz das profecias e aceitar as evidências de seu cumprimento, as quais revelam que Cristo virá em breve, como sucedeu com os judeus no tocante a Seu primeiro aparecimento. Eles aguardavam o reinado temporal e triunfante do Messias em Jerusalém. Cristãos professos de nosso tempo estão esperando a prosperidade temporal da igreja, na conversão do mundo e na posse do milênio temporal. — The Review and Herald, 24 de Dezembro de 1872.


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Audio:

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