Sunday, October 25, 2009

Enigmas Orientais....

O POMBO DEPENADO

No inverno, a água do riacho era gelada, e o judeu que estava lavando a lã, sentia os dedos dormentes. Enquanto ele trabalhava, o sultão passou por ali.

- O que é mais - o sultão perguntou ao judeu - cinco ou sete?
- O que é mais, 12 ou 32? - o judeu replicou.
- Já houve um incêndio na sua casa? - prosseguiu o sultão
- Houve cinco, e espero mais dois - o judeu respondeu.
- Se lhe mandar um dos meus pombos, será capaz de depená-lo?
- Mande e verá - respondeu o judeu.

Espantados, os membros da comitiva do sultão escutaram a conversa mas não interferiram.
De repente, o sultão perguntou ao seu vizir:
- Entendeu alguma coisa da minha conversa com o judeu?
- Como poderia entender - respondeu o vizir - se falaram por enigmas?
- Não tem vergonha?! - sultão zangou-se. - VocÊ é o meu vizir.
Supõe-se que seja o maior sábio do país. No entanto, um simples judeu me entende, e você não! Tem três dias para me dar a resposta certa. Se não conseguir, está despedido.

O vizir ficou perplexo. Correu para o palácio e reuniu os seus sábios e conselheiros, mas não houve quem lhe dissesse o significado da conversa entre o sultão e o judeu. Diante disto, o vizir mandou que lhe trouxessem o judeu.
- Qual o significado das perguntas que o sultão lhe fez? - ele perguntou.
- Digo, mas se for por mil 'dinares' - propôs o judeu.
- Que insolência! - Espera que eu lhe pague mil 'dinares' pelo significado de algumas miseráveis palavras?
- Se não vale, não pague - disse o judeu, e foi embora.

Na manhã do terceiro dia, poém, o vizir mandou chamá-lo às pressas.
- Vamos... rápido... aqui estão os mil 'dinares'... explique-me as perguntas!

Tendo embolsado o dinheiro, o judeu deu a seguinte explicação ao vizir:
- Quando me viu lavando lá no riacho gelado, o sultão perguntou se sete não era mais que cinco. Estava-me perguntado se eu não ganhara o suficiente nos sete meses de calor, para não precisar trabalhar nos cinco meses de frio. Respondi-lhe que 32 é mais do que 12. Com isto, dizia-lhe que, com meus 32 dentes, sou capaz de comer mais do que consigo ganhar em 12 meses. Em seguida, o sultão perguntou se já houvera um incêndio na minha casa. Estava apenas me perguntando se eu já casara algum filho, porque, quando se casa um a gente fica mais pobre do que depois de um incêncio. Respondi-lhe, então, já ter passado por cinco, e esperava mais dois. Finalmente, o sultão me perguntou se eu seria capaz de depenar um pombo que ele me mandasse. A minha resposta foi "mande e verá". Como vê, ele o mandou a mim. Agora, vá o senhor e informe o sultão se o depenei ou não.

[Esse texto vi num livro de cultura judaica, na seção de humor].

Friday, October 23, 2009

A chamam de ‘crise do quarto de vida’

Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos.. Se dá conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado(a) etc..

E cada vez desfruta mais dessa cervejinha [sic] que serve como desculpa para conversar um pouco. As multidões já não são ‘tão divertidas’… as vezes até lhe incomodam. E você estranha o bem-bom da escola, dos grupos, de socializar com as mesmas pessoas de forma constante.

E começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo.

Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas que conheceu e que o pessoal com quem perdeu contato são os amigos mais importantes para você.
Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor.

Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto pôde lhe fazer tanto mal. Ou, talvez, a noite você se lembre e se pergunte por que não pode conhecer alguém o suficiente interessante para querer conhecê-lo melhor. Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar.

Talvez você também, realmente, ame alguém, mas, simplesmente, não tem certeza se está preparado (a) para se comprometer pelo resto da vida.

Os rolês e encontros de uma noite começam a parecer baratos e ficar bêbado(a) e agir como um(a) idiota começa a parecer, realmente, estúpido.
Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado(a) e significa muito dinheiro para seu pequeno salário. Olha para o seu trabalho e, talvez, não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo.

Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer. Suas opiniões se tornam mais fortes.
Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é. Às vezes, você se sente genial e invencível, outras… Apenas com medo e confuso (a).

De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando.

Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro… E com construir uma vida para você. E enquanto ganhar a carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela. O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse textos nos identificamos com ele. Todos nós que temos ‘vinte e tantos’ e gostaríamos de voltar aos 15-16 algumas vezes.

Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça… Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos… Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro.
Parece que foi ontem que tínhamos 16…
Então, amanha teremos 30?!?! Assim tão rápido?!?!


(Autor desconhecido) - Esse texto me foi mandando por uma colega, Rebbeca, e desde então, repassei para outros amigos e se formou uma pequena polêmica: alguns ficam a se lamentar, e o texto passa a ser desestimulante. Ele te deixa com uma sensação amarga de fracasso. Porque então não olhar também o lado positivo dessa idade? Ok, então, qual seria? Você consegue enxergar esperança?

Thursday, October 22, 2009

Contra a inveja, autocontrole e dedicação são as melhores armas

"Estou enfurecida e injuriada", escreve uma ouvinte enfurecida e injuriada. "Tenho uma colega de trabalho que é invejosa. Ela fica falando mal de mim pelas costas, tentando denegrir a minha imagem. Se você estivesse em meu lugar, o que você faria?"

Se eu estivesse em seu lugar, eu pensaria: Oh céus! Com tanta coisa que um ser humano poderia fazer para ocupar melhor o tempo e o cérebro, como por exemplo, entender a importância da camada de ozônio para a sobrevivência do planeta, ou promover uma passeata de protesto contra os escândalos do Senado, ou trabalhar como voluntária numa campanha de vacinação, por que essa pessoa foi escolher justamente a mim para atormentar? Que mal eu fiz para merecer tamanho desatino?

Em seguida, eu passaria um bom tempo conjecturando uma longa série de soluções impraticáveis, dentre elas, estrangulamento e atropelamento. Finalmente, ao perceber que minha raiva está aumentando e o problema não está diminuindo, eu pensaria: Por que essa pessoa tem inveja de mim? Por que com tantos colegas mais invejáveis para invejar, ela apontou as baterias justamente contra mim? Foi alguma coisa que eu disse? Terá sido alguma atitude que tomei?

E eu concluiria, com meus botões e meus zíperes, que não. É mesmo uma inveja gratuita e desprovida de qualquer sentido.

Logo, estou incomodando porque estou fazendo alguma coisa producente, que esta minha colega gostaria de fazer, mas não sabe ou não pode. Portanto, eu não tenho um problema em ser invejada. Ela é que tem um problema em me invejar.

Aí, eu tomaria calmamente uma xícara de café, olharia para essa colega e pensaria: Coitadinha, tão jovem e já tão atormentada. E pior, já incorrendo ostensivamente no pecado capital número 6.

E por fim, eu visualizaria essa pessoa daqui a 20 anos, sozinha, sem amor e sem ninguém que a console nos momentos de aflição. Enquanto eu, que sou uma pessoa que todos apreciam, estarei curtindo a minha vida em paz.

Findo este reconfortante exercício de futurologia, eu voltaria a exercitar o meu autocontrole e a me dedicar apenas a meu trabalho. Porque, noves fora, é para isso que a empresa está me pagando.

Max Gehringer, para CBN.

Fonte: http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/max-gehringer/2009/08/21/CONTRA-A-INVEJA-AUTOCONTROLE-E-DEDICACAO-SAO-AS-MELHORES-ARMAS.htm

Friday, October 16, 2009

A história por trás de 2Sm 12:6 - O Quádruplo Juízo

"'Tornará a dar o quadruplicado' (2Sm 12:6) foi a sentença dada por Davi a si mesmo sem o saber[!], ouvindo a parábola do profeta Natã; e de conformidade com sua própria sentença deveria ele ser julgado. Quatro de seus filhos deveriam cair, e a perda de cada um deles seria o resultado do pecado do pai"
[Patriarcas e Profetas, Capítulo 72 - A Rebelião de Absalão, p. 538, Ellen G. White].

Explicando a história: Davi engravidou a mulher de um tal Urias. Para ocultar o caso, o rei matou-o e casou com a viúva. Em seguida um profeta, Natã, contou a Davi a história de um homem rico que tomou uma ovelha de um pobre, sem justo motivo. Davi, na hora disse que o rico deveria restituir o pobre em quatro vezes.

Como punição, Deus deu a ele o castigo que ele mesmo pronunciou: pelo fato de ter roubado "a ovelha" de um homem, Deus tomou dele quatro vezes mais, que foram quatro filhos mortos por culpa direta ou indireta do pai: o bebê que estava sendo esperado da viúva de Urias, Amnon, Absalão e Adonias. Os três últimos sofreram a frágil educação dada pelo pai, que nunca contrariava os filhos e pouco os restringia (veja I Reis 1:6).

Amnon praticou incesto e estupro contra uma meia-irmã, assim Absalão (irmão da vítima) o matou. Já Absalão e Adonias se rebelaram contra a vontade do pai, querendo o reino - que fora destinado a Salomão, e foram mortos nesse contexto.

Assim, "a execução da sentença sobre o filho de Davi [Adonias, por último] completou o quádruplo juízo que testificou da aversão de Deus ao pecado do pai [Idem, Capítulo 73 - Os últimos anos de Davi, p. 555].

Esse curioso detalhe, da causa e efeito, passa despercebido aos leitores desatentos.

[A história está muitíssimo resumida - 'pulei' detalhes importantíssimos, que estão em 2 Samuel 11 e 12]